"Austrália, a terra do Eucalipto". Assista agora a reportagem.

http://www.agrosoft.org.br/agropag/217371.htm

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Produção de eucalipto: rentabilidade e desenvolvimento sustentável

A competitividade do setor florestal brasileiro é crescente, fruto das condições climáticas e da tecnologia desenvolvida pelas empresas e instituições de pesquisa do país, e dentro deste cenário se destaca a produção de eucalipto.

O eucalipto, originário da Austrália, possui diferentes espécies e as mais variadas condições de adaptabilidade ao clima, solo e altitude. No Brasil, as plantações de eucalipto ocupam hoje 4.258.704 hectares, sendo que 29% estão em Minas Gerais, 22% em São Paulo,14% na Bahia e o restante distribuídas entre os outros estados. (dados da Abraf 2009 - ano base 2008)

As taxas de crescimento do eucalipto no Brasil são bastante superiores as observadas em outros países, principalmente pelas condições climáticas tropicais, o alto índice de insolação, as chuvas bem distribuídas ao longo do ano em várias áreas, disponibilidade de áreas para expansão florestal e menores custos de produção. E por isso, sua produção pode ser considerada uma boa fonte de renda alternativa para agricultores e pecuaristas brasileiros, que querem diversificar sua atividade e ter um rendimento sustentável ao longo do tempo.

Rentabilidade

A produção de eucaliptos é interessante para aqueles produtores que querem diversificar as culturas em sua propriedade, mas que não sejam tão imediatistas na obtenção da primeira receita. O tempo de desenvolvimento do eucalipto pode ser um pouco maior, dependendo da finalidade para a qual foi plantado, mas em geral tem um ciclo de produção de 5 a 6 anos.

Para a construção civil, por exemplo, o eucalipto pode ser utilizado a partir de dois anos; para a lenha, podem ser realizados cortes a partir de cinco anos; e para a utilização de matéria-prima para a fabricação de móveis, o tempo de desenvolvimento deve ser maior, acima de dez anos, dependendo do manejo dado à floresta. E são muitos os produtos derivados do eucalipto, produzidos a partir da madeira, da celulose, do etanol celulósico, das folhas, das flores, e inclusive a comercialização de créditos de carbono.

O custo de implantação é muito variável e dependerá da tecnologia empregada pelo produtor. No entanto, o eucalipto é uma cultura de fácil administração, manejo e baixo custo, e segundo o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, em comparação com a agricultura, a produção de eucalipto apresenta o consumo hídrico parecido com o do café e inferior ao da cana-de-açúcar, tornando-se bastante atrativa e lucrativa.

Sustentabilidade

Os benefícios da plantação de eucaliptos em uma propriedade rural são muitos, sendo um dos mais importantes a redução da necessidade de desmatamento das florestas naturais, colaborando em grande escala para minimizar o aquecimento global.

O sistema agrossilvipastoril, combinação de árvores, cultura agrícola e animais numa mesma área ao mesmo tempo ou de forma sequencial, sendo manejados de forma integrada, é uma alternativa viável para o uso consciente da terra.

O plantio de árvores em pastagens pode resultar em vários benefícios para os componentes do ecossistema: clima, solo, micro-organismos, plantas forrageiras, sequestro de CO2 da atmosfera e animais. Do ponto de vista econômico, social e ambiental, a produção de eucalipto pode melhorar o bem estar e da qualidade de vida do produtor, com a agregação de valor econômico na propriedade rural através da exploração da madeira, do melhor desempenho produtivo e reprodutivo dos animais e da conservação dos recursos naturais do ecossistema.

Produção

Assim como qualquer outra cultura, a produção de eucalipto requer alguns cuidados na hora do plantio, sendo necessário avaliar dados importantes e relevantes para o planejamento, como a definição da área, aspectos legais, definição do plano de manejo e procedimentos silviculturais. Após o plantio, o produtor deverá monitorar a área periodicamente, controlando as pragas, ervas daninhas e irrigando na falta de chuvas