"Austrália, a terra do Eucalipto". Assista agora a reportagem.

http://www.agrosoft.org.br/agropag/217371.htm

terça-feira, 7 de junho de 2011

BNDES libera R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose

Recursos integram investimento de R$ 5,1 bilhões na fábrica do grupo JBS que deverá produzir 1,5 milhão de toneladas/ano

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. A Eldorado é controlada pela J&F Participações, empresa holding da JBS. Segundo o banco de fomento, os recursos serão destinados à construção da maior fábrica de celulose do mundo, com uma produção de 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto. A unidade deverá entrar em operação em novembro de 2012.


Os investimentos na nova fábrica, de R$ 5,1 bilhões, criarão mil empregos diretos e 4 mil indiretos. “O apoio do BNDES equivale a 53% do valor total aportado na primeira linha da unidade de Três Lagoas, que foi projetada para receber mais duas linhas de produção de celulose, cada uma com capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas/ano”, diz o comunicado do BNDES.


A participação do banco, que inclui o financiamento a investimentos sociais nas áreas de influência da empresa, contribui para a entrada de uma nova empresa no setor, “reforçando a vocação do Brasil para a liderança mundial na produção de celulose de eucalipto”. O BNDES informa que o empreendimento também trará impactos positivos para a balança comercial brasileira, uma vez que a produção visa o mercado externo, além de abrir uma nova frente de desenvolvimento do Mato Grosso do Sul, Estado tradicionalmente pecuarista.

A região escolhida pela
Eldorado é composta por terras previamente utilizadas para pastagens, próxima a áreas de plantio de eucalipto já constituídas. O Estado do Mato Grosso do Sul apresenta uma série de aspectos favoráveis à construção de uma unidade de celulose da magnitude planejada pela Eldorado. Além de dispor de relevo, solo e clima adequados, conta com uma estrutura fundiária baseada em grandes propriedades com titularidade regularizada, diz o texto do banco estatal.

“O apoio do BNDES ao desenvolvimento da indústria de papel e celulose tem crescido ao longo dos últimos anos. Atualmente, a carteira do banco nesse segmento soma R$ 12 bilhões, o que representa investimentos totais de R$ 24,9 bilhões. Nos últimos dez anos, os desembolsos do banco para o setor atingiram R$ 14 bilhões”, afirma o BNDES.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Código Florestal chegou hoje ao Senado

O projeto que reforma o Código Florestal chegou hoje ao Senado e já entra na pauta do dia. Caberá ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ler a matéria em plenário e encaminhá-la às comissões temáticas, no caso as de Constituição e Justiça, de Agricultura e de Meio Ambiente.

Sarney também será responsável pela definição da ordem de tramitação da matéria nas comissões. Essa prerrogativa do presidente do Senado é estratégica, uma vez que, na última comissão em que for analisado, o projeto poderá sofrer mudanças substanciais ou até mesmo ser alterado completamente com a aprovação de um substitutivo - apresentação de novo texto para a matéria em questão - antes de ser levado ao plenário.

O ponto fundamental para os senadores da base governista é a Emenda 164, do PMDB, em acordo com a oposição, já aprovada pela Câmara dos Deputados. A emenda permite a consolidação de plantações e pastos em áreas de preservação permanente (APPs) e em reservas legais feitas até junho de 2008, até que o governo estabeleça o que não poderá ser mantido nessas áreas.

A emenda também prevê que os estados poderão legislar sobre políticas ambientais, juntamente com a União. Os dois pontos da Emenda 164 não são aceitos pela presidenta Dilma Rousseff que, agora, tenta retirá-los do texto na tramitação no Senado.

Caberá ao senador Jorge Viana (PT-AC) relatar a matéria na Comissão de Meio Ambiente. Na de Constituição e Justiça, a tendência é que o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) indique o ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique, também do PMDB. Eunício tem dito, entretanto, que poderá rever o nome, caso haja uma composição com o governo.

Os peemedebistas também trabalham o nome de Luiz Henrique para relatar a matéria na Comissão de Agricultura. O presidente da comissão, Acir Gurgacz (PDT-RO), poderá avocar para si a relatoria do projeto de lei.